sábado, 28 de fevereiro de 2009

Luz da tarde

E mirar, da forma mais bela e bruta de toda a existência - de cada folha de cada árvore, de cada grão de areia de cada praia, de cada estrela de cada céu -, o inexplicável, o aperto, a agonia, a ilusão da paixão irrevogável… pela Paixão.

Amar o Amor em si.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Memorioso

E as mãos escorregam delicadamente para onde o sentimento é mais forte que a razão. Entram em uma região onde o significado de um simples toque seja muito mais do que amor, muito mais do que beijo, muito mais do que história e do que tempo. E um olhar – ah, só um relance, numa ínfima fração de segundo – faz com que as lágrimas sorriam com o choro dos lábios. Silencioso. É uma beleza lírica, linda, sorridente e pura. Nada demais, nada de sofrimentos. Muito mais do que as mais doces lembranças, com as oito cores do arco íris e os doces sinos de cada voz cantante. Como se o veneno elevasse cada parte do corpo, dançarino e voador, girando e girando e girando…

E, menos de meio segundo depois, o toque cessa, os passarinhos cantam, os cães ladram, o mundo continua, talvez um pouco mais bonito.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Pride and Prejudice

A lady's imagination is very rapid; it jumps from admiration to love, from love to matrimony, in a moment.

Não é difícil prever.
Ah, Jane Austen…

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Começo

A felicidade ao ver os fios de diferentes tamanhos acenando-me e abraçando-me, de uma maneira tão especial, tão única.

E as palavras que saem pelo ar, chegando cada vez mais perto, vão ficando incompreensíveis – os sorrisos ofuscam o sentido.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

..da meia noite.

É uma música… uma música cujas notas entram bailando em nossos ouvidos, chegam até os olhos e escorrem pela face. O coração bate sem ritmo – feito o que a música queria.

E a falta, o buraco chega, e abre machucando levemente, até nos acostumarmos com a dor. Não deixa de doer, só faz com que seja parte de nós. Uma saudade não sei do quê, antecipada, ou não.

A não complitude, o saber que buscamos algo. Sensação de metade, ver-se pequeno frente ao tempo.

Mas fechamos os olhos, respiramos, deixamos que escorra, sorrimos com a dor, e andamos, vivendo.