terça-feira, 24 de março de 2009

Fundo de verdade

Aquele sorriso involuntário – aquele que sempre se ouve falar mas nunca se sabe se é realmente aquele – aparentemente está se formando. O que começou como brincadeira, se transformou num segredo que nem mesmo ela quer saber. Muito mais gostoso como brincadeira, mas brincadeira é coisa séria. É verdade. As falas não são tão acompanhadas de risadas, e os olhares não são mais acompanhados de um olhar para cima conformado.

Não. Agora é tudo aquilo de sempre e de nunca. É uma esperança pequenina, uma história a ser inventada. A brincadeira virou imaginar o que não é mais brincadeira. E aquele lirismo volta a aprecer, seja na flor caída ou na tarde nublada. Seja no frio, na camisa enrolada, no suspiro ou no reflexo do espelho. As risadas sem motivo real são as mais lindas.

Tudo é lindo, e a brincadeira é deliciosa. Mais ainda se não for de brincadeira.

E um sorriso involuntário distorce levemente o rosto quando tudo lhe diz para ficar inerte. Uma risada interna, um desviar de olhos, e diz que tudo é brincadeira.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Alucinando

In.
Su.
Por.
Ta.
Vel.
Men.
Te.

Cansada.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Memórias

E não há uma só vez que a menina olhe pela janela sem que gotas escorram pelo vidro que a separa da realidade.

Outro mundo, e apenas a água salgada da janela entre elas.

domingo, 8 de março de 2009

Absurdo

Bem básico: uma da manhã, talvez uns minutinhos a mais do que isso. E o carro passava pela rua, conversando desapercebido.

E estavam perto de um bar e de uma placa.

É claro que o culpado da batida foi o ser – infeliz ser! – que colocou a placa no meio da rua, não é? E ainda amassou meu carro.

A culpa, definitivamente, não foi minha…

domingo, 1 de março de 2009

Fenômenos

É inacreditável, não é? A diferença entre ler sobre uma coisa e experimentá-la?