segunda-feira, 6 de abril de 2009

Protetor

“… e, quando passo uma noite dormindo sem sonhar, tenho a impressão de que desperdicei essa noite…”

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sempre.

Maquiar a violência com afeto.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

…íssimas?

E é com esse olhar – tenso, irritado, talvez – que continuo a andar tentando não me importar.

O silêncio apertado no peito, seguido de um ar de desprezo, é uma resposta válida ao não entender?

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Doce vila terrível

As cadeiras estavam vazias. O sol se punha, jogando no céu diversas matizes de azuis, com roxos destacados no céu brilhante. Aquela beleza – era tão lindo! – fazia com que quase se podia sentar confortavelmente em uma daquelas cadeiras.

E as paisagens mudavam, pretas contra o ceú brilhante.

E as paisagens passavam em alta velocidade.

O céu já não brilhava, as cores já não existiam. Algumas luzes em movimento não faziam das paisagens conhecidas. E as cadeiras, vazias, passavam a olhar repressora e intimidadoramente.

O engano parece tão doce!

Silêncio, branco no preto e risadas em meio a uma música alta. Um cheiro desagradável invadia as narinas enquanto dizeres indizíveis estampavam-se em toda a volta.

Dois sem boa consciência, um sem dizer bem. Um gesto aparentemente gentil, mas, no contexto, temidamente hostil. Tudo fedia a mais incrível crueldade.

O medo é algo incrível!

E, então, em meio ao desconhecido, brilhinhos de brincadeira faziam do céu mais estrelado. Luz orientadora que faz dos panos algo mais que peça de roupa. As cadeiras vazias já não faziam sentido, tudo agora era dança, risadas e distração que só luz pode trazer.

Aí a realidade chega, jorrando violeta, lembrando as náuseas e a tontura que só o engano traz.