sábado, 15 de setembro de 2007

Coisa

Coisa estranha, a espera. Ela te deixa aflita. Te anima com um ruído, te desanima com uma palavra. Uma briga de antônimos desesperados. Uma mãozinha de ferro que lentamente aperta o coração. O seu coração.
E a gente espera, pois não temos mais nada para fazer, nada melhor para fazer.

Coisa estranha, essa. Aproximam-se muito. Mas quando se sabe o motivo, afastam-se. Mas não tem motivo. Só o medo. Isso que deixa as pessoas loucas. Outra mãozinha apertando o seu coração.
E a gente se afasta, pois enfrentar o medo é pior do que isso.

É esperando e se afastando que, de tanto apertar o coração, este se quebra em mil pedaços.

E mesmo assim a gente continua.

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