Antes vivia, hoje descobri que vivo.
Faz toda a diferença.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
Sensação estranha
A menina
Rê
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20:18
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terça-feira, 30 de outubro de 2007
Dose
Esquecer
é felicidade;
falta da infelicidade
de quem já não sorri mais.
A menina
Rê
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15:51
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Em branco, o tempo
Não viver esse instante
aquele instante
um instante
todo instante
vida de instantes
"Uma rosa nunca
nunca mais feliz"
A menina
Rê
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15:36
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Falling in love again
It's been so long now
A menina
Rê
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14:48
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domingo, 28 de outubro de 2007
Ainda daquela vez
Particularmente, nunca gostei do platonismo. Idealizações e, por falta de auto-estima, passividade. Nunca ação. E no final descobre-se que o sentimento era sim recíproco... isso faz sofrer.
A menina
Rê
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22:22
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Fragmentos
- Amor... eu não consigo me lembrar da minha vida sem amor.
- Não tente, pois tudo o que faço é tentar lembrar da minha vida com ele...
"...aliás, ao amor já correspondido. É o pior que existe."
- Amor corrói o coração...
- ...mas depois reconstrói.
"The greatest thing you'll ever learn is just to love and be loved in return"
A menina
Rê
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20:47
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sexta-feira, 26 de outubro de 2007
Rosa
O que se imagina, acontece.
Ela fugiu daquilo. Boa sorte. Ela não consegue mais olhar as caras e bocas, não consegue mais se prolongar. Fala mas não faz, faz mas não fala. Fazer e falar. Ela deixou de acreditar na chuva e veio o sol. Ela deixou de acreditar na conversa e veio o silêncio.
Medo.
Sente-se num dia preto-e-branco. Sorriso de obrigada, mas não quero sorrir. Fica vai vai fica. Lembra-se que na bifurcação há três caminhos. Ainda dá tempo, mas não. A menina espera dos outros o que ela não consegue.
Era uma vez uma menina que acreditava em contos de fadas. Tinha uma rosa. Um bilhete na grafia característica. Dia de sol, flores. Ela acreditava nisso, no dia que começaria a chover. Mas o medo fez com que fosse só um sonho. Era mais que sonho.
Lá é tudo tão mais fácil e bonito que o maçante dia-a-dia estraga a beleza dos contos de fadas. À menina só resta lembrar que ainda não pode dormir, esperando ser acordada. Inversão de papéis.
Menina, põe um pouco de magia e cor no teu conto de fadas, menina.
A menina
Rê
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21:49
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quarta-feira, 24 de outubro de 2007
Você
E é aí que realmente dói.
Foi hoje, quando me veio uma surpresa. Via supresa, vi umas letras. Vi a imagem, o som. As piadas, as risadas características. O sorriso. Eu não sei porque o sorriso das pessoas me marca tanto. Cada um é sincero do seu jeito, passando um sentimento diferente para mim.
Aquele me passava felicidade. Eu me perdi no sorriso, mesmo que não o real, vi lá no fundo felicidade. Quando esquecemos das pessoas, esquecemos do mundo. O mundo não existe mais, só está lá, você, o sorriso, a felicidade. Sem preocupações.
Última vez que eu vi eu não acreditei que fosse última. Tinha que ter uma última vez. É... a euforia era tanta. Última vez que eu cheguei perto nem cheguei a ver.
Tenho tanta coisa para te contar. Preciso tanto dos teus sorrisos. E, agora... quando eu penso em alguém, só penso em você.
A lágrima é verdadeira.
A menina
Rê
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22:53
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terça-feira, 23 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Tarde de sol
Que vontade que eu sinto
De olhar em seus olhos, ganhar seus abraços
É verdade, eu não minto.
Estou esperando uma segunda vez, uma segunda tarde em que nos jogaremos na grama, fecharemos os olhos e sentiremos o sol na cara. Riremos, conversaremos. Finalmente preencherei essa alguma coisa que está faltando.
Correr por aí, tirar essa máscara que pesa tanto. "Cansei de fingir que estou feliz". Como naquele sonho, de vestido amarelo. Com você que deitou comigo aquela tarde para me ouvir, e o abraço que me deu nesse dia foi o que senti ser o mais sincero.
Abraçar não é envolver com os braços. É envolver uma pessoa amada com a frase "estou aqui para você", em sua melhor forma, sincera e muda. Não tenho encontrado abraços, tenho encontrado braços numa imitação falha facilmente confundida.
A menina no balanço, o menino atrás dela. Agora o balanço estava vazio, não havia mais a quem empurrar, em quem se agarrar para sorrir.
Um dia a gente senta de novo lá. Faz tempo que não conversamos sem pensar no que o outro estaria pensando. Tem faltado um pouco de humanidade em nossas conversas. Vamos deitar mais uma vez no sol.
A menina
Rê
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22:06
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Cena
Então, é isso.
A menina
Rê
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22:03
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domingo, 21 de outubro de 2007
Só se pode dormir depois do assunto acabar
Conversaconversaconversa. Assuntoassuntoassunto. Impressionante como pode existir duas pessoas tão incrivelmente iguais.
Felicidade.
A menina
Rê
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13:14
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sábado, 20 de outubro de 2007
Não sei mais
Que quantidade absurda de períodos curtos. Acho que é meio assim que eu estou, sem saber para onde olhar. Perdida. Agora você sabe, e eu não sei mais.
A menina
Rê
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20:45
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terça-feira, 16 de outubro de 2007
As nove letras de uma máscara.
Who are you? Who, who, who, who?
Who are you? Who, who, who, who?
Who are you? Who, who, who, who?
Who are you? Who, who, who, who?
A menina
Rê
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16:55
3
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segunda-feira, 15 de outubro de 2007
As duas torres
— ...é como nas grandes histórias, senhor Frodo...
As que tinham mesmo importância.
Eram repletas de escuridão e perigo.
E às vezes você não queria saber o fim... Por que e como podiam ter um final feliz?
Como podia o mundo voltar a ser o que era, depois de tanto mal?
Mas no fim é só uma coisa passageira, essa sombra.
Até a escuridão tem de passar.
Um novo dia virá.
E quando o sol brilhar, brilhará ainda mais forte.
Eram essas histórias que ficavam na lembrança.
Que significavam algo.
Mesmo que você fosse pequeno demais para entender por quê.
Mas, senhor Frodo, eu entendo, sim. Agora eu sei.
As pessoas destas histórias tinham várias oportunidades de voltar atrás e não voltaram.
Elas seguiram em frente porque tinham no que se agarrar.
— E em que nos agarraremos, Sam?
— No bem que existe neste mundo, senhor Frodo, pelo qual vale a pena lutar.
A menina
Rê
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15:41
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quinta-feira, 11 de outubro de 2007
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Generally, I like it
Virei hoje e me aprisionei. Lembrei daquele exercício do teatro, onde os olhares se prendiam. Mas não era exercício, era real. Quase uma corrente. E sorriso. Involuntário, talvez, mas sorriso. Conversa, mas não o assunto que tínhamos no olhar. O olhar dizia uma coisa e os lábios outra.
Um abraço-olhar, sim. Não sei se sabe, mas me sufoca. Provável que deixe de me sufocar somente quando os lábios e os olhares estiverem em sintonia. A mesma mensagem, o mesmo assunto, o mesmo sentimento.
Pela primeira vez, percebi uma coisa do verde-igual-ao-meu. Se não posso dizer o que está por detrás dele, pelo menos posso saber o que não está.
Eu gosto de poder saber disso.
A menina
Rê
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18:51
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terça-feira, 9 de outubro de 2007
Problema
Importa, elas não sabem o quanto. E nem sabem que eu sei.
A menina
Rê
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21:19
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Chega...
Odeio quando o teu olhar me sorri e os teus lábios proferem uma parede de auto-defesa que não me deixa seguir.
Preciso de um grito.
...
A menina
Rê
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20:53
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segunda-feira, 8 de outubro de 2007
Impressionante...
Só que uma informaçãozinha a mais. E ela se encaixa perfeitamente.
Ei, quem disse que isso é bom? Na verdade, acho que é um probleminha. Problemas, problemas, o fazem viver mais. Como foi que me disse uma vez? "Eles tiram a monotonia, te testam e forçam a autosuperação, angustiam e essa angustia é combustivel, te faz sentir vivo... faço-me entender?"
Vamos ver, vamos ver, espero.
A menina
Rê
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22:23
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Degrau quatro e meio
Imagina se fosse que nem aquela última vez. Sabe, quando inflamamos aqueles olhos brilhantes.
"Tudo vale a pena se a alma não é pequena".
Valeu a pena, tem que valer de novo. Daquele jeito, daquelas emoções que trasbordavam. Lembrei da história do lepidopterologista. Quero ficar que nem ele. E correr para o abraço no final. Um sorriso. Dois, três, vários sorrisos.
Degrau quatro e meio.
A menina
Rê
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21:30
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sexta-feira, 5 de outubro de 2007
Só sei...
Acho que não sei de mais nada.
A menina
Rê
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21:17
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Confusão
Porque agora eu não gosto do que gostava, não rio do que ria, rio do que não ria, gosto do que não gostava. Mas, ao mesmo tempo, nada mudou.
Sabe, talvez eu esteja confusa.
A menina
Rê
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20:32
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Meu amor
O que você faria se só te restasse um dia?
Se o mundo fosse acabar... me diz, o que você faria?
A menina
Rê
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15:57
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quinta-feira, 4 de outubro de 2007
Chute
Sabe quando esse alguém que você tem vontade de chutar é você? Então.
A menina
Rê
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21:16
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Cheguei em casa
Fazia anos que não conversávamos.
Acordava de manhã, com aquele som do despertador de todos os dias. Abria os olhos, colocava o pé direito no chão, seguido do esquerdo: uma superstição que virara um hábito automático com o passar do tempo. ia ao banheiro, escovava os dentes, girava a torneira quente do chuveiro... Mais um dia... Enquanto isso, a ouvia bocejar no quarto, sonolenta, provavelmente pensando na mesma coisa... Mais um dia... A fumaça que saía do chuveiro embaçava o espelho, me embaçava, distorcia... Mais um dia.
Café da manhã; era como se estivéssemos sozinhos. Um ignorava a presença nula do outro. Aliás, lembrei-me da sua existência essa manhã, quando nossas mãos - não, não me atrevo a dizer que tanto, talvez apenas as pontas dos dedos -, no instante em que nós dois resolvemos pegar a manteiga, se tocaram levemente, numa fração de segundo que foi eterna.
Segurei sua mão, a puxei para junto de mim, beijei-a ardentemente. Um pedido de desculpas por todos esses anos de silêncio ecoava nos pensamentos... Essa imagem mental quase distorceu meu rosto num sorriso. Mas, em vez disso, simplesmente retirei a mão, como se nada tivesse acontecido. Respirei fundo, coloquei o pão sem manteiga na boca. Mastiguei-o sentindo seu gosto pela primeira vez em anos. Como era difícil, tudo isso. Engoli com alguma relutância, dei os laços nos sapatos e saí para a rua, como sempre.
A cada passo que dava, ficava mais sozinho. Por que será, isso?
Talvez porque quanto mais estou sozinho, mais eu me vicio em ser sozinho. Acho que a solidão sempre foi minha companheira, me deu seu abraço carinhoso quando mais precisei, quando ela me negou. Não sei se houve uma briga. Não sei se houve lágrimas. Procurei nas profundezas da minha memória quando foi que tudo isso começou. A solidão me apresentou e me ensinou algo que eu nunca havia percebido antes. Silêncio. O sol batia numa grade, cujos desenhos eram de um gosto muito particular. Sua sombra seguia a linha da calçada.
Cheguei em casa, cumprimentei-a, dando um rápido beijo em seus lábios, como fizera até então. "Te amo". Quando que o sujeito saiu da frase? "Também." Também o quê? "Espero que teu dia tenha sido bom".
Cheguei em casa, cumprimentei-a, dando um rápido beijo em seus lábios. "Espero que teu dia tenha sido bom". Pior agora...
Cheguei em casa, cumprimentei-a. "Espero que teu dia tenha sido bom".
Cheguei em casa, cumprimentei-a.
Cheguei em casa.
A sombra da grade já estava longe da linha da calçada. Anos em segundos. Continuei andando... Ela existia, afinal, vivia também aquela vidinha. Mas a solidão era cômoda. Tinha casa, dormia até que bem, comia bem. Uma vidinha de máquinas.
"Mas você não é só, você é casado". Minha mente, já levemente atordoada peso álcool, pensou o que há anos pensava. Era o que dava, falar com desconhecidos. "O oposto da solidão não é o 'estar juntos', mas a indimidade".
Era verdade. Quanto menos intimidade, mais sozinhos ficamos. Sem confiança, transformando a vida lentamente num sistema de engrenagens. Nada a fazer, nada a pensar. Talvez por orgulho, não tentamos reconquistar a intimidade.
Não tinha nada a ser feito, estaria fadado a ser só, para sempre...
Cheguei em casa.
A menina
Rê
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19:06
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